Olhe para seu smartphone agora e se pergunte qual foi o último aplicativo que você baixou e demorou mais de uma semana para desinstalá-lo. Difícil saber, não é mesmo? De acordo com dados da Forrester Research, as pessoas passam 80% do seu tempo no smartphone utilizando os mesmos 5 apps. Além disso, 60% dos apps das lojas nunca sequer foram baixados.
As indústrias de desenvolvimento de aplicativos também perceberam esse declínio nos downloads, e, para tentar voltar ao auge, começaram a investir em Progressive Web Apps. Está se perguntando o que é isso? Continue a leitura que iremos te explicar tudo!
Em 2007, no lançamento do iPhone, Steve Jobs disse a seguinte frase: “Vocês já tem tudo o que precisam se querem saber como desenvolver aplicativos para o iPhone hoje: basta usar os padrões modernos da web.” Ou seja, sua ideia original era que os apps fossem nada mais do que aplicações da web, como uma extensão mais tecnológica de um website feita exclusivamente para smartphones.
Essa visão se perpetuou por pouco tempo, pois logo no ano seguinte, em 2008, ele nos apresentou pela primeira vez a App Store. Isso deu início a uma fase que ficou conhecida como ‘boom dos aplicativos’. Hoje, mais de 10 anos depois, esse boom está diminuindo.
Nos Estados Unidos, o número de downloads de aplicativos está caindo 20% por ano. Até mesmo grandes apps como Whatsapp e Facebook estão sofrendo com essa queda. Além disso, mais de 65% dos usuários de smartphones não baixam nenhum app por mês.
Apesar de tudo isso, os aplicativos ainda tem uma grande influência no mercado e vale muito a pena continuar investindo neles.
O desenvolvimento de aplicativos pode ser uma ótima solução para algumas empresas, e para manter a presença digital melhor e otimizar a experiência do usuário, investir nos Progressive Web Apps pode ser uma boa opção.
O Progressive Web App ou PWA como é popularmente conhecido, é um conjunto de técnicas desenvolvidas para aplicações web, que adicionam progressivamente funcionalidades que antes só eram possíveis em apps nativos. Ou seja, é nada mais do que um website que faz a experiência do usuário ser similar à de um aplicativo.
O próprio Google percebeu essa ‘crise’ no mundo dos aplicativos e viu os Progressive Web Apps como um modelo em ascensão. De acordo com o Google, um PWA precisa ter as seguintes características:
Progressivo: A plataforma deve atender qualquer usuário, sem distinção de navegador e sistema operacional;
Responsivo: O PWA deve se adequar aos mais diferentes formatos de exibição, ou seja, smartphone, tablet, desktop, mobile ou qualquer dispositivo que possa surgir no futuro;
Offline: Ele deve manter a funcionalidade mesmo ao operar em redes offline e ociosas;
App-like: O design, layout e navegação devem ser semelhantes aos aplicativos nativos, de modo que o usuário sinta que está em um app e não um website;
Atualizações: Deve ser atualizado constantemente, de forma efetiva e discreta para o usuário (service worker);
Segurança: O PWA deve ser disponibilizado via HTTPS, para evitar invasões e adulterações na troca de dados;
Engajável: Permite o reengajamento do usuário através de mensagens, e-mails ou notificações push;
Instalável: O usuário pode adicionar o ícone do PWA na tela inicial de seu smartphone com apenas alguns toques;
Linkável: Não requer uma instalação complexa e pode ser compartilhado de forma fácil através de sua URL.
Ou seja, se antes apenas aplicativos nativos tinham diferenciais como notificações push e atualizações constantes, agora o PWA pode oferecer tudo isso para o usuário, mesmo sendo uma aplicação 100% web.
Com os PWAs, você tem os seguintes benefícios:
Os PWAs são mais práticos e eficientes exatamente pelo fato de não haver esse comprometimento com o usuário. Você não precisa ler um termo de compromisso ao entrar em um site e nem conceder permissão para centenas de coisas. Basta acessá-lo, consumir a informação que você quer e pronto.
Fatores como o envio de notificações push e a possibilidade de manter o ícone na tela inicial do smartphone podem ser de grande agrado dos usuários de PWA. O engajamento pode ser impulsionado da mesma forma que um aplicativo nativo, o que estimula o usuário a voltar para a plataforma.
Um dos maiores destaques dos PWAs é que a internet do usuário não precisa ser ótima para ele funcionar bem. Alguns recursos exigem uma conexão razoável, mas a demanda da internet pode ser relativamente baixa.
Muitas empresas já começaram a investir nos PWAs, entre elas, as que obtiveram um grande sucesso foram:
O Twitter lançou seu primeiro PWA para Android e Windows. A plataforma pode ser acessada sem precisar baixar o aplicativo ou abrir o navegador.
A Uber desenvolveu um PWA com basicamente as mesmas funcionalidades que seus aplicativos nativos. O website carrega em menos de 3 segundos, mesmo em lugares com conexão de internet fraca.
O Pinterest lançou um PWA para aprimorar a experiência do usuário em navegadores e a empresa obteve um aumento de 50% nos cliques em publicidade.
Esse é um dos maiores cases de sucesso dos PWAs. Flipkart é o maior e-commerce da Índia, e após migrar para um Progressive Web App, a empresa obteve um aumento de 70% em conversões de vendas.
Ainda é cedo para afirmar que os PWAs dominarão o mercado nos próximos anos, já que a iniciativa é uma novidade, mas com certeza esse formato estará cada vez mais presente nos smartphones e desktops de diversas pessoas ao redor do mundo.
O que você acha dos Progressive Web Apps? Conta para nós nos comentários abaixo. Se você ficou com alguma dúvida, entre em contato conosco para saber mais sobre essa novidade!
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